terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A amargura de um velho
Que passa de olhar baixo, triste ...
Onde a miséria corroi os seus passos,
Pois nem mesmo sabe onde vai...
Fraquejado de fome
E arde o frio que entranha sua pele.
Arrasta um membro aleijado
E deita-se num banco de estação
Como passageiro a espera da partida.
Mas seu caminho não tem destino,
Pobre velho sem brilho nos seus olhos.
Ele vê com olhos humildes as pessoas que passam,
Querendo amizade, palavras...
Mas todos o veeem tão distanate,
Como se não existisse.
Se ele vai comer, dormir,
Se vai tomar banho
Ou enxugará suas lágrimas
Lavando pelo menos a poeira de seu rosto.
Talvez não tenha mais tempo,
Pois a morte já inicia em seu corpo.
Ele morre aos poucos,
Pela fraqueza, frio, doenças...
Mas sua pior morte
Está no desprezo e nas injustiças...
Esse velho morre na cruz do solo que deita,
Onde seus únicos companheiros o rodeiam
Lambendo-lhe a testa, saboreando suas lágrimas salgadas
Para fazer-lhe última companhia...
É a própria imagem de Deus refletida neste velho,
Morrendo pra salvar cada dia.
Homens que o cruscificam
E pouco se importam com este pobre velho.
Homens que por suas ganâncias, ambições,
E grande sede de poder
Vão esvaziando o mundo
Matando os que caminham em direção do calvário,
Pois atrapalham seus planos
Em atrapalhar a sede de riqueza e poder.
Pobre velho que fez tanto por merecer,
Hoje desfalece com seus vícios e fraquezas,
Quando deveria estar vivendo seus doces dias...
Mas como ironia ,
São agonizados pela cruz que o sufocam
E faz sangrar no peito até a morte.
Autor – João Batista Barbosa
Mimoso do Sul ES ano 2009
Código 022.006.83 ES

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